1 de dez. de 2009


Porto Alegre


Tu já sentiste o ar em seus cabelos.
Deixando a brisa para trás.
E o frio de tão gelado,
Que fazia bem.

O por do sol descendo nos olhares vivos.
Todas aquelas luzes brilhantes geradas por algo mecânico e completamente confuso voltando.
E os prédios todos te olhando, encarando, te desejando.

Talvez eles te encarassem pelo motivo dos seus cabelos macios voarem ao vento.
Talvez eles te desejassem pela sua boca vermelha levemente aberta.
Talvez eles te olhassem pelo fato de tu ires embora de lá.

E então você os entende.
Querendo saber o motivo de tanta pressa.
Nesta cidade, todo o resto pode esperar.
Nessa cidade de alegria, de sorrisos delicados, de olhares apaixonados em praças verdes.
Ninguém tem coragem de ir embora.

De fazer o meu lamento crescer.
Minha mão tocar o meu rosto de decepção.
E toda aquela felicidade transparente no meu rosto impotente, descer.

Não você não sentiu!
Pois a paixão de um amador é aquela que o faz um sonhador.
E toda vez que eu souber que terei que entrar num decepcionante carro.
E entrar na freeway.
Vou sentir a agonia de um apaixonado perdido no mundo escuro.
E o desejo de voltar, ser grande o bastante para acordar às cinco da manhã.

Não você não sentiu, e nunca vai sentir.
A paixão de um gaúcho de tomar um mati.
De andar a cavalo pelas coxilhas.
Não você não sentiu.
A alegria de se sentir em casa.
A alegria de estar na capital.

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