23 de dez. de 2009


Não quero te amar


Você morreu. Bem feito! Você foi aquele que me maltratou, que quando tinha o meu maior amor, jogou o pelo ralo, e com ele eu fui junto. Você nunca me tratou bem, mas sempre pediu todo o carinho. Bem feito!
Lagrimas escorreram. Merda. Não era para eu estar assim. Desde quando vou sofrer por você? Não mais. Merda. Mais lagrimas escorrem pelo meu rosto branco. Queria poder dizer que te odeio, queria poder inventar uma desculpa, queria poder ter alguma razão que fosse realmente verdadeira em meu coração. Poxa, eu te amo.
Roguei-lhe pragas, jurei ódio eterno, jurei sorrir no seu enterro. Mas ainda assim, o meu coração se faz em pedaços quando pensa que não vou pode mais te ver. Quando pensa que todas as vezes que você me maltratou, não vão mais acontecer.
Sempre pensei que nunca iria me apaixonar por um cafajeste, sempre pensei que iria ser feliz nos braços de alguém. Mas me apaixonei por você, e me culpo todo dia por te amar. Porque amando você, sofro, porque amando você, perco o meu coração de vista.
Sinto dizer, que realmente te amo. Sinto dizer, que realmente te quero aqui no meu lado, sinto dizer, que prefiro estar morta a estar aqui, ajoelhada no seu tumulo. Com a testa encostando em sua lapide, e lagrimas caindo na grama verde azulada. Sim, eu sinto dizer. Desejo mais que tudo, e mais que todos, que esse amor simplesmente se acabe. Que os seus olhos não signifiquem mais tanto para mim.
Mas então me lembro do seu beijo, e com mais lagrimas escorrendo pelo meu rosto pálido, respiro e entro em mais um transe de dor.

sempre escrevedo, LIA.

Só mais uma vez sem o seu beijo

Lagrimas escorriam pelos meus olhos, eu sabia que tinha te perdido. A grama verde molhada escurecia o meu jeans, sujava-o. O vento batia pelos meus cabelos, a brisa de inverno trazia paz a minha alma, mas eu era incapaz de senti-la. Meu coração doía como se mãos o apertassem até o sangue dele sair como uma pia com goteira, a dor era feita calmamente. E sem pressa, meu coração doía cada vez mais. Eu sabia que tudo tinha sido minha culpa, eu sabia que a morte do nosso amor, tinha sido por causa das estúpidas palavras que te falei. Mas depois de todas as desculpas e de todas as vezes que te implorei meu amor. Seu corpo, agora gelado, paira em minhas mãos. E a vida que existia nos seus olhos sumiu. Por que meu amor? Por que havia de morrer assim? Tão de repente? Por que, justo na hora em que estávamos prestes a nos dar um beijo, depois da falta tão grande que senti dele, você morreu em minhas mãos? Por que teve que ir embora e me deixar nesse mundo sozinha, sem a sua luz que me fazia levantar toda manha?
Mais lagrimas caíram molhando a sua roupa, pessoas encaravam o meu desespero no meio da estrada. Eu não me importava. Precisava sentir o seu corpo perto do meu mais uma vez, precisava olhar os seus olhos azuis água de novo. Precisava sentir o cheiro que me fazia sorrir, preencher as minhas narinas de doce ar. Eu preciso de você. E nada mais, então, por favor, meu amor. Acorde. Diga-me que não vai ficar mais um minuto sem me beijar. Diga-me que me ama. Diga-me que o nosso amor, não acabou assim tão de repente.
Sim, ele não acabou. Tenho certeza que vou continuar te amando, tenho certeza que todo dia vou desejar te ter, te ter nos meus braços, te ter no meu colo, te ter no meu olhar. Tenho certeza que todos os dias vou querer sentir o seu corpo ao meu. Vou querer te beijar mais uma vez. Tenho certeza que todo dia, meus olhos estarão cansados de chorar, mais impossíveis de parar. Sim, eu tenho certeza.
Minha vida sem você, não vai ser vida. Minha existência sem você vai ser inútil.
Quero que aquele carro me atropele logo, quero poder ir contigo. Não quero mais continuar viva, não quero mais ter que dar satisfações a ninguém.
Por isso, enquanto o carro veloz buzina loucamente e aperta nos freios impossíveis de parar o carro antes. A água suja é jogada no meu rosto, a luz dos faróis me cega, e eu beijo a sua testa. Digo que vai ficar tudo bem, e me abraçando no seu corpo forte, fecho os olhos enxergando a morte.

sempre escrevendo, LIA.

1 de dez. de 2009


Porto Alegre


Tu já sentiste o ar em seus cabelos.
Deixando a brisa para trás.
E o frio de tão gelado,
Que fazia bem.

O por do sol descendo nos olhares vivos.
Todas aquelas luzes brilhantes geradas por algo mecânico e completamente confuso voltando.
E os prédios todos te olhando, encarando, te desejando.

Talvez eles te encarassem pelo motivo dos seus cabelos macios voarem ao vento.
Talvez eles te desejassem pela sua boca vermelha levemente aberta.
Talvez eles te olhassem pelo fato de tu ires embora de lá.

E então você os entende.
Querendo saber o motivo de tanta pressa.
Nesta cidade, todo o resto pode esperar.
Nessa cidade de alegria, de sorrisos delicados, de olhares apaixonados em praças verdes.
Ninguém tem coragem de ir embora.

De fazer o meu lamento crescer.
Minha mão tocar o meu rosto de decepção.
E toda aquela felicidade transparente no meu rosto impotente, descer.

Não você não sentiu!
Pois a paixão de um amador é aquela que o faz um sonhador.
E toda vez que eu souber que terei que entrar num decepcionante carro.
E entrar na freeway.
Vou sentir a agonia de um apaixonado perdido no mundo escuro.
E o desejo de voltar, ser grande o bastante para acordar às cinco da manhã.

Não você não sentiu, e nunca vai sentir.
A paixão de um gaúcho de tomar um mati.
De andar a cavalo pelas coxilhas.
Não você não sentiu.
A alegria de se sentir em casa.
A alegria de estar na capital.

Lembranças de um amador

As voltas eram perfeitas, e o caminho as seguiam
O olhar mais escuro do mundo, ali não o teria.
O mundo todo abaixo, e a felicidade acima.
O vento soprador, quase nem se media.
E a brisa acompanhadora, o respondia.

A grama o acompanhava, companheira fiel, nunca reclamava.
A terra e a poeira, quase nem apareciam ali, a magia os expulsava.
O brilho nos olhos de cada humano se acalmava.
E lá, o mundo parava.
O corpo relaxado, a alma em completa paz.

Eu sentia que o meu medo de evolução desaparecia.
O meu medo de perder tudo, simplesmente se sentia completo de felicidade.
Lembro-me de sentir o doce ar de uma alma perdida.
O doce toque de uma paixão alucinada.
O doce olhar da morte.
Se o meu sorriso demonstrasse tamanha a minha felicidade, seria algo desumano.
Mas a minha felicidade, era uma felicidade que não poderia ter.

Afinal, esquecer é um dos principais princípios para a dor parar.
Mas eu já me sentia um completo impotente.
Pensava que poderia simplesmente cair.
E já não sentia mais forças para continuar em pé.
Algo no meu coração apertou-o, esperando o sangue cair.
As minhas pálpebras se fecharam fortemente, em razão da agonia que sentia.

As minhas mãos se fecharam eu um punho.
Não de raiva, mas de dor.
Era muito forte para agüentar sozinho, mas sabia que nada seria pior que o passado.
Cai de joelhos na grama verde molhada, desesperado botei as mãos na cabeça.
Abri os olhos apavorados, escolhendo razoes e motivos de me levantar.
Sentia que já era incapaz de decidir.

Pensei em todos os momentos em que sorri.
Pensei em tudo aquilo que pude sentir no passado.
E recuperando as forças, me levantei da grama molhada.
Limpei a sujeira na minha calça.
Lembrei-me do seu sorriso.
E sentindo as lágrimas caírem pelo meu rosto.
Sorri.

E por mais que doesse, por mais que eu tivesse chorado e continuasse chorando.
Tudo aquilo que eu vivi no passado, compensava.
Por você valia à pena chorar.
Por você valia à pena sofrer.
Então rio alto.
Lembro-me do seu olhar.
E sei que não deixarei nada me abalar.
Nem agora, nem nunca.
Pois eu sei, que um dia pude tocar na sua pele de seda.
E sentir que eu a fazia sorrir.
Pois eu sei, que um dia, você me amou mais que tudo, mais que a todos.
Pois eu sei que você sempre ficara na minha memória.

E sempre vai continuar

É como se eu já soubesse disso há tanto tempo, eu já estava decidida. Nada ia acontecer entre nós, o meu amor por você nunca foi tão grande. Mas então algo me puxa pra trás, como uma formiga ao vento forte. Eu volto correndo sem nem ao menos tentar ultrapassar o vento. Eu volto correndo ao sofrimento que o seu amor me traz. Desejo tanto me ter nos seus braços, mas ainda assim, eu sei que tenho que olhar para frente e apenas para frente. E a minha consciência volta, minhas pernas começam a se mover. E eu desejo parar, para olhar os seus olhos mais uma vez. Mas se fizer isso, não vou ter mais forças para sair desse lugar. E quando eu chego à minha total independência, sei que já não sinto mais nada. Distante de tudo que me faria sofrer, eu ouço um sussurro. Uma única silaba, e toda uma vida jogada no chão como lixo. Não tenho mais forças para continuar, e sorrindo por me libertar de tanta culpa, olho para trás novamente. Sei que vou sofrer, sei que vou chorar. Sei que nunca mais vou conseguir enxergar a realidade total. Mas por você vale à pena. Então eu me entrego completa aos seus braços. Olho nos seus olhos. E sei que tudo isso, vai se repetir novamente, como a noite vira o dia, eu volto para os seus braços e saio. Como um insolente se leva a magoa, eu olho nos seus olhos. Como o mundo se cai ao desespero, eu me entrego ao seu amor.

30 de set. de 2009


Poderosa, eu era...

Era para eu ser forte e poderosa. Era para o meu coração não estar despedaçado. Mas no momento em que vi o seu rosto, alguma coisa mudou no meu coração. Ele disparou, e quase doía de tanto que pulava. Eu podia jurar que estava louca, podia jurar que ia fazer você ficar louco por mim, mas algo lá dentro, fazia todo o queijo derretido do mundo, transformar o meu coração em uma massa de modelar. Uma massa de modelar, que esta em suas mãos. Sendo revirada, mexida, completamente controlada. Pelas suas macias mãos. Então eu sorrio envergonhada pelo seu olhar grudado no meu rosto. E sinto uma mão nas minhas costas. Viro, pensando que seria você, mas me deparo com uma menina querendo sair. Continuo confiante. Espero você vir me chamar para dançar. Espero mais uma vez, a sua aproximação. Mas nada acontece. E enquanto tento arrumar forças para dançar, energia para pular, e felicidade para arrumar o meu coração, colá-lo de volta. Você dança com outra, e nem sequer olha nos meus olhos. Você sorri, enquanto eu finjo a felicidade. Você dispara o seu coração por outra, enquanto eu não acho cola o suficiente para transformar o meu coração em um. E enquanto dança, você continua mexendo naquela massa de modelar feia na sua mão. Apenas por diversão. Era bom descarregar o estresse em alguma coisa não era? Era bom descarregar o nervosismo da sua paixão por outro naquela massa inútil na sua mão, não era? Então eu paro de sorrir. E tento achar algum colo para chorar, alguém que não fizesse perguntas, alguém que não questionasse o meu comportamento. Alguém que apenas me abraçasse, e deixaria as minhas lagrimas molharem a sua roupa. Era para eu ser forte e poderosa. Mas você me tornou em uma fraca mulher, você me fez uma paixão ardente, se transbordar de dor. Implorando pelo cuidado. Um cuidado diferente. Um cuidado necessitável. Um cuidado apaixonado. O seu cuidado...

Sempre escrevendo... LIA

14 de set. de 2009


Segredos...

Eu discordo de tantas opiniões de pessoas próximas a mim. Discordo de suas decisões, discordo de suas idéias, discordo de suas opiniões. Discordo de suas vidas. E quando boto isso em palavras, risadas, olhares estranhos, e desaprovação de meus pensamentos. São me dados. Então me pergunto, por quê? Por que as pessoas teimam, e se baseiam apenas naquele pequeno mundo, em que cabeças duras existem? Por quê? Por que a opinião alheia, quando contraria a sua, tem que ser levada como bobagem, como nada? Por que as pessoas têm esta mania de não pararem para ouvir, para discutir de uma forma respeitável. A Opinião alheia. Procurando por novidades, novos jeitos de viver, por que as pessoas teimam em viverem infelizes?
Essa, meus amigos, vai ser apenas mais umas das minhas questões inexplicáveis. Quem um dia vai conseguir saber o que se passa pela mente de cada ser humano? Quem, um dia, poderá descobrir e revelar, os maiores segredos do mundo?

Sempre escrevendo... LIA